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domingo, 18 de setembro de 2011

TS no GP

Neste post quero dividir uma satisfação com a comunidade interessada em GP no TS. Falo da inserção que o TS vem tendo nas esferas de discussão do GP. Antes tratado apenas como um nicho de mercado para profissionais na área de gestão, o GP no TS tem ocupado a cada dia um pouco mais de espaço no horizonte de profissionais experientes em gerenciamento.

Provavelmente inspirados a princípio pelo espírito altruísta natural de todo ser humano, o TS vem aos poucos sendo tratado como muito mais que apenas uma área de trabalho para profissionais do Gerenciamento de Projetos. Aos poucos, todos começam a enxergar que a natureza essencialmente diferenciada desse setor da sociedade (quando comparado ao tradicional setor mercantil, ou segundo setor) acaba contribuindo com o desenvolvimento do conhecimento em gestão por destacar desafios gerenciais obscurecidos pelo contexto normal dos projetos empresariais.

Cito, por exemplo, o recente desenvolvimento dos conceitos sobre sucesso em projetos. Se antes sucesso era encarado como atendimento à tradicional tripla restrição, atualmente já é difundida a sua relação direta com o impacto gerado pelo projeto no negócio (que vai além da realização do escopo, prazos e custos do planejamento). Ora, esse foco o TS sempre teve muito mais enraizado que no setor mercantil. Contudo, a falta de ferramental gerencial dificultava (e ainda dificulta) ao TS realizar eficazmente as ações que o levassem ao sucesso. Mais que isso, esta ausência de conhecimento em gestão dificultava a comunicação objetiva desse enfoque, hoje reconhecido. É verdade que em parte isso se deve ao tamanho dos problemas enfrentados pelo TS, mas muito também à sua iniciante profissionalização gerencial.

Em contrapartida, os olhos do setor mercantil fixamente voltados para si próprio (o que é natural no nosso sistema econômico), dificultaram a empresas e profissionais vislumbrar essa relação anteriormente. Foi preciso errar, focando apenas a tripla restrição; não colher os resultados esperados; para, então, olhar mais abrangentemente. Eu também cometi esse erro no início, mas aprendi com o TS a olhar para fora.

O que acontece com o conceito de sucesso ocorre com outros temas pertinentes ao GP quando os pensamos no TS (viabilidade e seleção de projetos, classificação de projetos, metodologias de GP, etc.). A complementaridade de ambos é nítida. Mais que uma inserção, trata-se também de uma soma. Quiçá um produto!

Hoje em dia, o TS vem se tornando figura carimbada na programação de discussões do GP. Tende-se a não se tratar mais o GP no TS como aplicação de conhecimento simplesmente, mas sim o TS como contexto para evolução do GP. Ou seja, se o TS vem descobrindo o GP nos últimos tempos, esse, agora, começa e perceber o TS em sua potencialidade. O TS não é apenas um nicho de mercado, mas uma oportunidade de amadurecimento para nossas organizações e profisisonais.

É claro que sou suspeito pra dizer isso, afinal vivo com igual interesse ambos os universos (esse blog é uma prova disso). Posso estar míope em razão dessa duplicidade de visão, mas certamente não estou cego. Portanto, acredito que há alguma veracidade nessa minha constatação. Se GP e TS acreditam nisso, o tempo nos dirá. Mas eu acredito em ambos, juntos!